Entender como as brincadeiras tradicionais foram transformadas pelas crianças é o objetivo da professora Leize Demétrio, que atua na Secretaria de Educação de Campo Grande e faz parte do Memórias do Futuro. Nos próximos três meses, a professora vai percorrer 14 escolas da cidade colhendo registros de brincadeiras.
“Na escola tudo é bem definido pelos horários. Mas nos momentos que a criança está livre, ela cria suas próprias brincadeiras”, explica a educadora que também é voluntária nos Escoteiros do Brasil. A escoteira acredita que, muitas vezes, essas brincadeiras são transformadas a partir de brincadeiras tradicionais e entender como essas mudanças acontecem pode ajudar outros professores na hora de inserir brincadeiras no cotidiano escolar.
Leize explica que as brincadeiras tradicionais também tem sua importância, mas às vezes a criança não se adapta a ela. “A brincadeira tradicional pode e deve ser ensinada nas escolas, mas vai depender da criança referenciá-la ou não. A criança tem que se apropriar daquela brincadeira e ficar livre para transformá-la também”, explica.
A pesquisa ocorrerá em 14 escolas, duas de cada região de Campo Grande. A ideia é coletar amostras das brincadeiras em diversos setores e transformar esse material em coletânias de brincadeiras que podem ser utilizadas por outros educadores por meio do portal colaborativo do Memórias do Futuro.